No Ano 2023, a comercialização de vinhos do Douro e do Porto alcançou aproximadamente 615 milhões de euros, sofrendo uma queda de 1% em relação ao ano anterior, conforme divulgado pelo presidente do IVDP.
O dirigente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), sediado no Peso da Régua, fez uma análise das vendas de vinho em 2023, destacando uma diminuição de 1% no volume de negócios. Paralelamente, observou-se um aumento de 4,9% no preço médio por litro.
“É um sentimento agridoce”, declarou Gilberto Igrejas à agência Lusa.
Segundo os dados disponíveis em janeiro deste ano, as vendas de vinhos do Porto e Douro com Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP) atingiram os 615 milhões de euros no ano passado, comparativamente aos 625 milhões de euros de 2022.
As exportações de vinhos da Região Demarcada do Douro diminuíram 4,7%, totalizando 359 milhões de euros, refletindo uma tendência negativa devido à instabilidade econômica e à perda de poder de compra em muitos dos principais mercados, afetados pelo aumento das taxas de juro e pela alta inflação.
Gilberto Igrejas destacou que o mercado nacional ajudou a mitigar a queda nas exportações. “Precisamente porque o mercado nacional, apesar de vender menos quantidade em relação a 2022, vendeu a um preço mais caro”, explicou.
No entanto, ressalvou que é necessário avaliar se o crescimento de 4,9% no preço unitário é suficiente para compensar os custos enfrentados pelos agentes econômicos e agricultores.
O volume de negócios a nível nacional foi de 256 milhões de euros, impulsionado pelo dinamismo do setor turístico e do canal Horeca (hotéis, restaurantes, bares).
Os principais mercados para os vinhos do Porto são Portugal, França, Reino Unido e Países Baixos, enquanto para os vinhos do Douro são Portugal, Canadá e Reino Unido.
Na região, em 2023, a colheita de uvas alcançou 249.514 pipas, um aumento de 7% em relação ao ano anterior.
A última vindima no Douro foi marcada por alguma agitação social, pois, citando dificuldades nas vendas de vinho, grandes empresas não adquiriram ou adquiriram uvas em menor quantidade dos produtores, que reclamaram de entregar as uvas sem preço ou a preços muito baixos.
Fonte: Observador